sábado, 13 de dezembro de 2008

A raça é humana!

A raça é humana,
negros, brancos, pardos ou amarelos
A raça é humana
Americano, europeu, africano ou asiático
A raça é humana
A distinção só está na cabeça
A raça é humana
homens e mulheres, idosos e crianças
A raça é humana
Sua cultura não o faz mais humano,
o que te faz "ser" humano são seus irmãos
A raça é humana
Irmãos judeus, católicos, hinduistas ou budistas
Irmãs das arábias, do candomblé ou da igreja
A raça é humana
Todos viemos da mesma mãe,
esse planeta de riquezas abundantes,
e ela não julga quem merece ou não compartilhar de suas riquezas,
o ar, os frutos e a água que ela oferece são para todos,
suficinentes para garantir a harmonia e a boa vida para todos,
mas não para sustentar o mimo de cada dia
A raça é humana
nós não somos alienígenas compartilhando esta terra
somos todos da mesma origem
a origem humana
por mais que queiram implantar diferenças,
continuamos humanos,
continuamos irmãos,
e responsáveis uns pelos outros,
assim como responsáveis por esta mãezona
Todos têm direito a vida,
a usufruir e experimentar a vida,
curtir a diversidade,
seja ela cultural, sexual ou como for,
temos nosso livre-arbítrio para guiar nossas ações,
no pensamento e no coração não há quem mande senão nós,
esses territórios são os que nos permitem ser únicos, singulares
como todo irmão à sua volta
A raça é humana
E não tarda nos lembrarmos disto,
antes que mais uma vez irmãos combatam irmãos,
que terras produtivas virem campos de guerra,
que os rios sejam banhados em sangue,
que os cadáveres pútridos sejam amontoados nos morros,
as crianças amputadas e desnutridas, criadas para a guerra...
Em alguns lugares isso já é realidade,
a disputa pelo poder, a violência, o desrespeito à diversidade,
e nada impede que um dia isto ocorra por estas bandas,
onde há exclusão, há revolta
onde há revolta, haverá dor,
por isto este chamado para repensarmos os rumos dessa humanidade que vive em sistemas falidos
fazermos uma longa reflexão sobre que sistemas políticos, sociais e econômicos desejamos ter
um sistema baseado no respeito à diversidade, ao consumo responsável, à inclusão e à compaixão
Paremos só alguns instantes desse cotidiano onde devemos a cada dia lutar para ganhar a vida nesse mundo competitivo, tem mesmo que ser assim?
Porque, apesar de tudo,
A raça é humana!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Autopunição e medo de ser inútil

Me deparei com um velho padrão, um hábito já há muito antigo, mas que só agora eu começo a percebê-lo...
É a autopunição, o flagelo físico, emocional ou mental ao qual me submeto para aliviar a carga de meus complexos de culpa.
Dessa vez me puni duplamente, primeiro um castigo físico, fiquei no sol até sentir-me queimado, e segundo um castigo para meu já triste coração, me privei de mais um relacionamento por causa de minhas culpas e meus medos.
Minhas culpas por causa de um complexo mal resolvido de minha sexualidade perante a aceitação de minha família e do mundo.
Meus medos por causa da perda da liberdade e a conseqüente dependência que o relacionamento possa vir a causar, e desse modo me sentir inútil, um parasita do outro.
E por causa desse medo eu quero me provar o mais útil possível, ser o mais eficiente, auto-suficiente, e nessa relação de independência eu rejeito o mais que posso qualquer ajuda, alias, me oferecerem ajuda é quase uma punhalada nas costas, eu me sinto traído pelo outro, pelo bem intencionado, e me torno desconfiado perante o outro.
E à razão dessa desconfiança eu silencio minha voz, minha vontade e meus desejos, eu espero que o outro adivinhe meus pensamentos e emoções, não me pergunte porque provavelmente não responderei. Tento me livrar de todas as pessoalidades, ser um exemplo vivo, que é meu ideal e minha ruína, pois no mundo dos homens não é possível e nem vale a pena rejeitar o instinto e o desejo.
È preferível que se alcance um ponto de equilíbrio entre o que se deseja ser e o que se é, pois em ambas as extremidades residem a dor da incompletude.
Às vezes me sinto um mártir, que minha vida apenas vale se for pra lutar por uma cauda, um ideal, algo que fizesse uma mudança no mundo e que eu finalmente me sentisse parte do mundo e o mundo parte de mim.