quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Roubaram-lhe os cabelos

Agora curtos, grossos, porém suaves
a longa cabeleira ficava na saudade
aquela pequena canção em carne
da vida, uma música
uma vida sem história
uma vida existente
seu si era o mundo
não um olhar para trás, mas um adiante
sem história, cheia de marcas
cheia de desvios, cheia de lágrimas
o canto era sua alegria
alegria invisível à nós que já não a vemos
agora ela é de outra qualidade, não mais é carne
é um sopro, que vem nos animar
uma brisa cantante
desafiando nossa insuportável densidade
ah pequena! bon voyage

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