disse o menino ao então desconhecido
havia de encontrar alguns pensamentos
algumas dores
outras fantasias
mas o menino reiterou
- é sujo...
- é arriscado...
preservou-se como nenhum outro
nem lama, nem pó ou sujeira alguma
colocavam em desvio aqueles implacáveis olhos
e aquela frase não mais autônoma
mas autômata
se pronunciava ao desconhecido mais uma breve vez
antes do desconhecido que pede um adeus
- é sujo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário